quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Corpo e mente unidos para a revolução

Um movimento de resistência é a manifestação de pessoas que juntas, lutam por uma causa. Essa manifestação pode ir contra certos ideais ou contra um sistema propriamente dito. Analisando esse sistema num contexto atual, o capitalismo se encaixa perfeitamente.

O capital como essencial para o funcionamento do sistema vigente, cria um contexto cada vez mais crítico e problemático. A indústria, de modo geral, cria e da apoio à uma cidade, mas é ela também que a destrói. Um homem que trabalha 12 horas por dia e ganha um mísero salário vai para sua casa satisfeito porque imagina estar cumprindo o seu papel. 

Entra então uma tese de encaixe perfeito para o imperialismo do capital em pleno século XXI, que é a hegemonia de Gramsci. Ele defende que a hegemonia consiste no exercício do poder, sem o uso da força, e que a “multidão” se submeta à esse poder inconscientemente.

Na sociedade capitalista, a burguesia detém essa liderança sobre os demais, e apresenta o sistema vigente como o melhor sistema que poderia existir, a democracia. Não  há explicações se não o sentimento de dependência destes subordinados, que não conseguem obter autonomia e acabam por suportar essa situação deplorável.

Aos que não suportam, não agüentam, e “acordam” para o real - que o capital e apenas ele é o trono do império - é que nascem os movimentos anti-hegemônicos, e, assim, um movimento de resistência ao império.


        
 Cada vez mais a multidão está mais esperta, atenta e a resistência do povo tem se ampliado. A multidão está tomando consciência do sistema capitalista, e que, sem ela, o mesmo sistema não funciona. A posse é o nome que pode ser referido ao poder da multidão e significa "o que o corpo e a mente podem fazer",ou seja, a  mão de cada um é que move a multidão e a burguesia.
        
 Um exemplo atual da multidão contra o sistema foram as greves dos bancários e do correio, que duraram quase 1 mês cada uma e que conseguiram trazer melhorias para os trabalhadores, mostrando que somente com a união da classe proletária é que a multidão conseguirá almejar o que deseja.

5 comentários:

  1. Bianca Ferrari RA000967646 de dezembro de 2011 às 12:51

    De fato a forma com quem a população encontra para derrubar o poder supremo do Império é sempre em forma de manifestações e protestos. Essa multidão que se sente oprimida contra o Império e o sistema capitalista se juntam e formam esses movimentos anti-hegemonicos. O maior problema é mesmo as massas em situação "confortável", para se organizarem em forma de revoltas, primeiro tem que haver por parte deles uma conscientização da exploração que sofrem pelo Império para então, enfrenta-los. Vale acrescentar que isso tem acontecido com frequencia em países que viviam sob uma terrível ditadura, no caso da Primeira Árabe.
    A união da classe trabalhadora, no caso os bancários e correios no Brasil foi uma forma dessa parcela da população que se sentia afligida de conseguir alguns benefícios através de manifestações e greves.
    Ótimo exemplo do Gramsci no texto.

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  2. Gramsci era um marxista, e por consequência materialista. Parte da teoria de que a matéria precede a consciência, ou seja, é a condição de vida material dos indivíduos, a responsável direta pela ideia que fazem da sociedade da qual fazem parte. Desse princípio, chegamos à tese de que a classe que domina os meios de produção material de uma sociedade irá, por consequência, dominar a ideologia dessa mesma sociedade. Ou seja: a mentalidade dominante é a mentalidade da classe que controla os meios de produção.
    O capitalismo, pela ótica da corrente de pensamento dos autores citados, jamais poderia resolver os problemas causados por suas contradições internas, visto que neste regime econômico, a produção é coletiva e o resultado dessa produção é apropriado de forma individual. Em poucas palavras: muitos trabalham para poucos. Nessas condições, a igualdade não só é impossível, como a busca por lucros cada vez maiores gera um aumento das desigualdades e contradições. Assim, mesmo possuindo o controle da ideologia dominante, a exploração sentida “na pele” pelos trabalhadores ameaça a todo o instante o limite tênue entre o conformismo e a revolta.
    Pode ser que não estajamos vivenciando a queda do capitalismo profetizada por Marx, mas de fato há um despertar de consciência dos trabalhadores em várias partes do mundo, colocando em questão “situações” até então tidas como absolutas e imutáveis. Pode ser que a Primavera Árabe não mude o regime, mas ao menos derrubou seus representantes.

    TATIANA VARGAS
    RA00095549

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  3. Em referência a uma linha de seu texto que achei muito interessante: "Ele [Gramsci] defende que a hegemonia consiste no exercício do poder, sem o uso da força, e que a 'multidão' se submeta à esse poder inconscientemente." Essa frase captura muito bem a situação atual geral, onde, independente de qualquer outra coisa, a maior força potencial está inevitavelmente na multidão, por ser a maior motora da economia mundial e por conter a maioria das pessoas. Mas essa força está muito longe de ser exercida justamente por essa multidão não estar consciente das táticas opressoras do Império e por causa dessa "hegemonia acomodada" descrita na frase transcrita.

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  4. Gostei bastante do texto.
    Se os indivíduos perceberem que juntar forças é o melhor caminho, que os faz até mais poderosos que o império que os oprime de alguma forma.
    Ultimamente tal percepção tem acontecido com certa frequência, como se vê pelos exemplos da Primavera Árabe e os movimentos de ocupação dos espaços públicos, mostrando que hoje em dia, as manifestações não são mais tão pontuais, como uma greve de uma fábrica.

    Jéssica Gomes Portasio
    RA00095386

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  5. Vinicius Montoia Magalhães9 de dezembro de 2011 às 09:41

    RA:00095421
    O texto ficou muito bom, principalmente porque usa o capital como um dos principais causadores dos males da sociedade humana. É ele quem manipula as ações do Estado, é ele quem dirige a sociedade para onde melhor atender aos seus interesses. Dessa forma, o império sempre foi e sempre será regido pelo dinheiro. O começo do texto também dá uma ideia de que a população é mais forte do que o império, quando está unida. E, é óbvio que isso é certo, só a população que não vê. E existem diversos exemplos para isso, como a greve dos Correios, como a greve dos bancários, a primavera árabe e os movimentos estudantis, esses últimos não deram resultado, ainda.

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